
Seguindo o meu caminho, passei por um out door que anunciava a 49ª Feira da Providência. Como em todos os anos, o desenho foi feito pelo Ziraldo. O traço do artista é inconfundível. De cara, levei um susto! Em seguida, fiquei me perguntando por que cargas d’água o Ziraldo desenhou o Dom Helder tão parecido com o José Serra? Será que foi sem querer? Ou será que ele estava querendo politizar a Feira e lançar o Serra candidato antes mesmo dos fãs do Lula colocarem em cartaz o filme do presidente?
Bem, depois desse susto, já que vocês hão de convir que a figura do Serra, ou até mesmo um desenho que lembra o governador de São Paulo, não é uma visão das mais belas, passei em frente a uma confeitaria chamada Kúfura. O símbolo dessa padaria é um ursinho que, no letreiro, à noite, destaca-se por um contorno azul de neon e, no lugar da menina dos olhos, tem duas lâmpadas vermelhas. Não posso olhar para aquele bicho sem lembrar do Chuk, o boneco assassino. Quem sabe aquele urso não é dele?
Depois dessa aventura, voltei rápido para casa, um lugar que ainda considero seguro, coisa que, infelizmente, os moradores do entorno dos morros do Boreo e da Formiga, na Tijuca, ultimamente não podem dizer. Meus sustos nem se comparam aos deles. E o Rio de Janeiro continua lindo.
Yone de Carvalho Abelaira
Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2009.
Dia da consciência de deveríamos ser todos iguais perante a lei.
Que bom seguir sua reinvenção do Rio e de seus sustos. Beijos, Rogério Sacchi
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