O papel da mídia na fiscalização das ações dos governos é de fundamental importância para os cidadãos. É indiscutível que o povo só tem a ganhar com uma imprensa livre e não comprometida com qualquer partido, ou candidato. Diferente do que acontece nos EUA, no Brasil a imprensa não costuma apoiar claramente um ou outro candidato na disputa presidencial. Porém, é clara a posição de alguns jornais brasileiros, antes mesmo do início oficial da campanha. Há dias em que a edição é tão panfletária, que chego a desconfiar que esteja lendo o jornalzinho de campanha da oposição. Está sendo assim com a questão do apagão da última terça-feira (Não sou só eu que acho. Leiam também http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,especialistas-criticam-politizacao-do-apagao,464902,0.htm).
Antes que alguém me pergunte, sou Lula, sim. Votei nele nas duas últimas eleições, mas não sei se vou votar na candidata dele. Portanto, não me considero uma eleitora radical, imutável, “Lula até morrer”, ou qualquer coisa parecida, mas não me envergonho de dizer que prefiro o governo Lula, com todos os seus defeitos, do que o governo FHC. Atualmente, parece vergonha para alguém que não é beneficiário do programa Bolsa Família e tem terceiro grau, casa própria, profissão e conta bancária, dizer que votou no Lula.
Percebo que, na mídia impressa é a mesma coisa. Os articulistas que teem a mesma posição que eu não explicitam suas escolhas de uma forma confortável. Tudo fica nas entrelinhas. O contrário, porém, não acontece. Os cronistas que não simpatizam com o atual presidente, e que por sinal, assim como os lulistas, escrevem muito bem, usam seus espaços de forma às vezes tão grosseira e agressiva que, quando os leio, tenho a sensação de vê-los espumando.
Antes que alguém me pergunte, sou Lula, sim. Votei nele nas duas últimas eleições, mas não sei se vou votar na candidata dele. Portanto, não me considero uma eleitora radical, imutável, “Lula até morrer”, ou qualquer coisa parecida, mas não me envergonho de dizer que prefiro o governo Lula, com todos os seus defeitos, do que o governo FHC. Atualmente, parece vergonha para alguém que não é beneficiário do programa Bolsa Família e tem terceiro grau, casa própria, profissão e conta bancária, dizer que votou no Lula.
Percebo que, na mídia impressa é a mesma coisa. Os articulistas que teem a mesma posição que eu não explicitam suas escolhas de uma forma confortável. Tudo fica nas entrelinhas. O contrário, porém, não acontece. Os cronistas que não simpatizam com o atual presidente, e que por sinal, assim como os lulistas, escrevem muito bem, usam seus espaços de forma às vezes tão grosseira e agressiva que, quando os leio, tenho a sensação de vê-los espumando.
Dessa forma, temos um cenário desequilibrado. Uns vociferam enraivecidos, outros expõem timidamente suas preferências. Uns são muito sutis e, quem sabe, envergonhados. Outros muito incisivos e, às vezes, bastante mal educados. Sugiro, então, um meio termo. Que os lulistas sejam mais ousados e saiam do armário e que, os contra, por favor, moderem-se.
Yone de Carvalho Abelaira.
Rio, 12 de novembro de 2009.
Yone de Carvalho Abelaira.
Rio, 12 de novembro de 2009.
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