A reforma ortográfica está me confundindo e criando certos embaraços. O que posso pensar quando leio a seguinte notícia: "Coco representa 60% de detrito retirado de praias"?É claro que todos sabem que o saneamento básico do Rio é precário e que a rede de esgostos deixa muito a desejar, mas imaginar que 60% dos cariocas e turistas que sujam as praias da cidade estão fazendo delas a sua "casinha" particular, aí já é demais! Isso tudo porque eu não sei mais escrever nem coco, nem coco! Alguém me ajuda???
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
sábado, 21 de novembro de 2009
Festa a Fantasia
Marchinha do Zé
Assistam ao vídeo da Marchinha do Zé, inscrita no Concurso Nacional de Marchinhas da Fundição Progresso
http://www.youtube.com/watch?v=OX1VQk-sM78
MARCHINHA DO ZÉ (OU QUEM DIRIA? O ZÉ NÃO QUER!)
HISTÓRICO
* QUANDO O ZÉ ERA OUTRO
Toda música tem uma história. A Marchinha do Zé também. Só que a dela começou há quase cinquenta anos, quando meu pai, o velho Saulo, que tocava de ouvido (como ele mesmo fazia questão de avisar), compôs no violão uma marchinha de Carnaval. Era um diálogo imaginado por ele entre o então presidente Jânio Quadros e seu amigo e secretário particular José Aparecido. A crítica à arrogância dos que deteem o poder era o tema da canção.
Logo que o 5º Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas da Fundição Progresso começou a ser divulgado, sugeri as minhas irmãs,Yedda e Yoná, compormos uma marchinha nos mesmos moldes, já que o tema continua tão atual, apesar de passados quase 50 anos. O diálogo fictício de agora se passa entre Lula e certo ex-ministro da Casa Civil que, caso não tivesse sido acusado de participar do conhecido “mensalão”, certamente seria o candidato do Presidente a sua sucessão. Aí nasceu a Marchinha do Zé.
P: Ô Zé “DIRsaparecido”.
Z: Sim, Presidente.
P: Você quer governar este País?
Z: Não, Presidente.
P: Qual é? Qual é?
Z: Você sabe como é...
Pode ser até que eu goste.
Tu elege até um poste,
mas eu acho que não dá...
Não dá!!! Não dá!!!
Tô querendo é me safar
do homem da capa preta.
Ele acha que eu fiz mutreta...
Deixa ela em meu lugar
*HOMENAGEM
Além da oportunidade de participar do Concurso, a Marchinha do Zé tem como objetivo homenagear nosso querido pai, o velho Saulo, um barnabé que viveu 83 anos sem perder a capacidade de se indignar com os abusos e os desmandos na política, mas que também, como nós, cultivou o bom humor e a alegria, ingredientes indispensáveis a uma boa marchinha de Carnaval.
http://www.youtube.com/watch?v=OX1VQk-sM78
MARCHINHA DO ZÉ (OU QUEM DIRIA? O ZÉ NÃO QUER!)
HISTÓRICO
* QUANDO O ZÉ ERA OUTRO
Toda música tem uma história. A Marchinha do Zé também. Só que a dela começou há quase cinquenta anos, quando meu pai, o velho Saulo, que tocava de ouvido (como ele mesmo fazia questão de avisar), compôs no violão uma marchinha de Carnaval. Era um diálogo imaginado por ele entre o então presidente Jânio Quadros e seu amigo e secretário particular José Aparecido. A crítica à arrogância dos que deteem o poder era o tema da canção.
Logo que o 5º Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas da Fundição Progresso começou a ser divulgado, sugeri as minhas irmãs,Yedda e Yoná, compormos uma marchinha nos mesmos moldes, já que o tema continua tão atual, apesar de passados quase 50 anos. O diálogo fictício de agora se passa entre Lula e certo ex-ministro da Casa Civil que, caso não tivesse sido acusado de participar do conhecido “mensalão”, certamente seria o candidato do Presidente a sua sucessão. Aí nasceu a Marchinha do Zé.
P: Ô Zé “DIRsaparecido”.
Z: Sim, Presidente.
P: Você quer governar este País?
Z: Não, Presidente.
P: Qual é? Qual é?
Z: Você sabe como é...
Pode ser até que eu goste.
Tu elege até um poste,
mas eu acho que não dá...
Não dá!!! Não dá!!!
Tô querendo é me safar
do homem da capa preta.
Ele acha que eu fiz mutreta...
Deixa ela em meu lugar
*HOMENAGEM
Além da oportunidade de participar do Concurso, a Marchinha do Zé tem como objetivo homenagear nosso querido pai, o velho Saulo, um barnabé que viveu 83 anos sem perder a capacidade de se indignar com os abusos e os desmandos na política, mas que também, como nós, cultivou o bom humor e a alegria, ingredientes indispensáveis a uma boa marchinha de Carnaval.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Pequenos sustos
Fui ali na esquina e voltei e fiquei impressionada como um passeio tão curtinho pode iniciar uma sequência de pensamentos estranhos. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o nome de um prédio novo, de uns quatro andares, construído numa ladeira íngreme, numa rua de paralelepípedos. A construtora, ou quem sabe um de seus funcionários mais criativos, deu ao edifício o nome de Golden Hills. É preciso ser bem debochado para dar um nome desses a um prédio que fica no cume de uma ladeira enorme, que para alcançá-lo a pé num dia como o de hoje no Rio de Janeiro, com a temperatura em torno dos 40 graus, uma criatura perde cinco quilos. Se eu fosse síndica dessa maravilha, proporia trocar o nome para Golden Shins, ou Canelas de Ouro, para não enfurecer o pessoal do “Halloween é o cacete”.
Seguindo o meu caminho, passei por um out door que anunciava a 49ª Feira da Providência. Como em todos os anos, o desenho foi feito pelo Ziraldo. O traço do artista é inconfundível. De cara, levei um susto! Em seguida, fiquei me perguntando por que cargas d’água o Ziraldo desenhou o Dom Helder tão parecido com o José Serra? Será que foi sem querer? Ou será que ele estava querendo politizar a Feira e lançar o Serra candidato antes mesmo dos fãs do Lula colocarem em cartaz o filme do presidente?
Bem, depois desse susto, já que vocês hão de convir que a figura do Serra, ou até mesmo um desenho que lembra o governador de São Paulo, não é uma visão das mais belas, passei em frente a uma confeitaria chamada Kúfura. O símbolo dessa padaria é um ursinho que, no letreiro, à noite, destaca-se por um contorno azul de neon e, no lugar da menina dos olhos, tem duas lâmpadas vermelhas. Não posso olhar para aquele bicho sem lembrar do Chuk, o boneco assassino. Quem sabe aquele urso não é dele?
Depois dessa aventura, voltei rápido para casa, um lugar que ainda considero seguro, coisa que, infelizmente, os moradores do entorno dos morros do Boreo e da Formiga, na Tijuca, ultimamente não podem dizer. Meus sustos nem se comparam aos deles. E o Rio de Janeiro continua lindo.
Yone de Carvalho Abelaira
Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2009.
Dia da consciência de deveríamos ser todos iguais perante a lei.
Seguindo o meu caminho, passei por um out door que anunciava a 49ª Feira da Providência. Como em todos os anos, o desenho foi feito pelo Ziraldo. O traço do artista é inconfundível. De cara, levei um susto! Em seguida, fiquei me perguntando por que cargas d’água o Ziraldo desenhou o Dom Helder tão parecido com o José Serra? Será que foi sem querer? Ou será que ele estava querendo politizar a Feira e lançar o Serra candidato antes mesmo dos fãs do Lula colocarem em cartaz o filme do presidente?
Bem, depois desse susto, já que vocês hão de convir que a figura do Serra, ou até mesmo um desenho que lembra o governador de São Paulo, não é uma visão das mais belas, passei em frente a uma confeitaria chamada Kúfura. O símbolo dessa padaria é um ursinho que, no letreiro, à noite, destaca-se por um contorno azul de neon e, no lugar da menina dos olhos, tem duas lâmpadas vermelhas. Não posso olhar para aquele bicho sem lembrar do Chuk, o boneco assassino. Quem sabe aquele urso não é dele?
Depois dessa aventura, voltei rápido para casa, um lugar que ainda considero seguro, coisa que, infelizmente, os moradores do entorno dos morros do Boreo e da Formiga, na Tijuca, ultimamente não podem dizer. Meus sustos nem se comparam aos deles. E o Rio de Janeiro continua lindo.
Yone de Carvalho Abelaira
Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2009.
Dia da consciência de deveríamos ser todos iguais perante a lei.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Inteira
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
E A CAMPANHA AINDA NÃO COMEÇOU
O papel da mídia na fiscalização das ações dos governos é de fundamental importância para os cidadãos. É indiscutível que o povo só tem a ganhar com uma imprensa livre e não comprometida com qualquer partido, ou candidato. Diferente do que acontece nos EUA, no Brasil a imprensa não costuma apoiar claramente um ou outro candidato na disputa presidencial. Porém, é clara a posição de alguns jornais brasileiros, antes mesmo do início oficial da campanha. Há dias em que a edição é tão panfletária, que chego a desconfiar que esteja lendo o jornalzinho de campanha da oposição. Está sendo assim com a questão do apagão da última terça-feira (Não sou só eu que acho. Leiam também http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,especialistas-criticam-politizacao-do-apagao,464902,0.htm).
Antes que alguém me pergunte, sou Lula, sim. Votei nele nas duas últimas eleições, mas não sei se vou votar na candidata dele. Portanto, não me considero uma eleitora radical, imutável, “Lula até morrer”, ou qualquer coisa parecida, mas não me envergonho de dizer que prefiro o governo Lula, com todos os seus defeitos, do que o governo FHC. Atualmente, parece vergonha para alguém que não é beneficiário do programa Bolsa Família e tem terceiro grau, casa própria, profissão e conta bancária, dizer que votou no Lula.
Percebo que, na mídia impressa é a mesma coisa. Os articulistas que teem a mesma posição que eu não explicitam suas escolhas de uma forma confortável. Tudo fica nas entrelinhas. O contrário, porém, não acontece. Os cronistas que não simpatizam com o atual presidente, e que por sinal, assim como os lulistas, escrevem muito bem, usam seus espaços de forma às vezes tão grosseira e agressiva que, quando os leio, tenho a sensação de vê-los espumando.
Antes que alguém me pergunte, sou Lula, sim. Votei nele nas duas últimas eleições, mas não sei se vou votar na candidata dele. Portanto, não me considero uma eleitora radical, imutável, “Lula até morrer”, ou qualquer coisa parecida, mas não me envergonho de dizer que prefiro o governo Lula, com todos os seus defeitos, do que o governo FHC. Atualmente, parece vergonha para alguém que não é beneficiário do programa Bolsa Família e tem terceiro grau, casa própria, profissão e conta bancária, dizer que votou no Lula.
Percebo que, na mídia impressa é a mesma coisa. Os articulistas que teem a mesma posição que eu não explicitam suas escolhas de uma forma confortável. Tudo fica nas entrelinhas. O contrário, porém, não acontece. Os cronistas que não simpatizam com o atual presidente, e que por sinal, assim como os lulistas, escrevem muito bem, usam seus espaços de forma às vezes tão grosseira e agressiva que, quando os leio, tenho a sensação de vê-los espumando.
Dessa forma, temos um cenário desequilibrado. Uns vociferam enraivecidos, outros expõem timidamente suas preferências. Uns são muito sutis e, quem sabe, envergonhados. Outros muito incisivos e, às vezes, bastante mal educados. Sugiro, então, um meio termo. Que os lulistas sejam mais ousados e saiam do armário e que, os contra, por favor, moderem-se.
Yone de Carvalho Abelaira.
Rio, 12 de novembro de 2009.
Yone de Carvalho Abelaira.
Rio, 12 de novembro de 2009.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Pode um negócio desses?
Os anos passam e imagina-se que eles venham acompanhados de evolução em todos os níveis das relações e do conhecimento humanos. Hoje, a evolução tecnológica é incontestável, mas será que podemos dizer o mesmo das relações sociais? Não, não podemos.
É fácil constatar que regredimos nesse quesito, principalmente no que se refere ao respeito pelo outro, pelas suas preferências e pela sua liberdade de escolha. Vejam três exemplos recentes dessa realidade. O primeiro é público, pois está sendo acompanhado pela mídia do mundo inteiro. É o caso da estudante que foi execrada por colegas e funcionários da Universidade Bandeirante, de São Paulo, por frequentar as aulas de mini saia. Como já postei no twitter, achei que estava num filme de ficção científica, em que o personagem dorme no seu tempo e acorda num século distante, anos atrás, e se depara com dinossauros, ou coisa parecida. É inconcebível, nos dias atuais, que sejamos obrigados a conviver com esse tipo de preconceito e essa patrulha retrógrada e reacionária. Formei-me em Jornalismo em 2004, ano em que completei 50 anos. Convivi durante quatro anos com muito mais jovens do que com pessoas da minha idade. No ambiente acadêmico, observei todo tipo de pessoas. Jovens responsáveis, irresponsáveis, interessados, desinteressados, antenados, alienados, gordos, magros, pretos, brancos, amarelos, heterossexuais, gays, católicos, evangélicos e espíritas. Nenhum deles, em momento algum, discriminou alguém por isso, muito menos pela roupa que usava. Uns tinham piercing na língua, outros tatuagem pelo corpo todo. Uns eram ricos, outros eram pobres. Uns se vestiam como executivos, outros de forma mais despojada e outros, ainda, como se tivessem acabado de sair da praia. Nenhum colega, professor, ou funcionário, se sentiu ofendido por isso. Imaginei que isso era o que acontecia em todas as universidades. Que o ambiente acadêmico era o melhor exemplo de convivência das diferenças, onde se cultiva o respeito pelas escolhas e pela liberdade do outro. Espero que não esteja totalmente errada e que o caso da Uniban seja uma exceção à regra.
O mesmo já não posso dizer da relação empresa-consumidor. Na maioria das vezes somos tratados com desconfiança, como se fôssemos caloteiros latentes, esperando uma oportunidade para dar um golpe. Vejam o que aconteceu com uma amiga, cliente, há anos, do Boticário, com cartão fidelidade e tudo. Diva, vamos chamá-la assim, costuma comprar nas lojas, mas na semana passada, por falta de tempo, fez um pedido pela Internet e pagou com cartão de crédito. O cartão aprovou a compra, mas a mercadoria não chegou no prazo estabelecido. Minha amiga ligou para o Sac e foi informada de que apesar do cartão ter aprovado a compra, havia restrições que impediam a loja de aceitar a compra. Diva perguntou, então, quais eram essas restrições, já que não tem qualquer impedimento em seu nome e costuma fazer compras de valores muito mais elevados em várias cadeias de lojas da cidade. Qual não foi sua surpresa quando a atendente informou que não poderia revelar qual era a restrição imposta pelo Boticário. Quer dizer, então, que agora você pode ser acusado de alguma coisa e não tem o direito de saber qual é? É impressão minha, ou o Boticário rasgou a Constituição? Onde está o respeito ao direito do consumidor de saber o motivo de estar sendo impedido de fazer uma compra? Que país é este? Para terminar, vamos falar de caça às bruxas. Sim, sou fumante. Uma fumante que respeita seus limites e aqueles impostos pela lei. Não fumo em local proibido. Mesmo achando que, por exmplo, cada restaurante, ou casa noturna, deveria poder escolher se o seu estabelecimento aceitaria, ou não, fumamtes. No caso dos funcionários, poderia contratar apenas colaboradores que fumassem. Habilitar-se-ia ao emprego quem quisesse. Frequentaria o lugar quem não se importasse com o cheiro do cigarro. Mesmo achando que a legislação atual é uma caça às bruxas, respeito as restrições impostas por ela. Porém, me sinto profundamente irritada quando acontece o que aconteceu ontem comigo. Depois de fumar um cigarro na fila do táxi, na rua, o motorista da vez me ajudou a colocar as compras na mala e por estar próximo a mim, provavelmente sentiu o cheiro do cigarro, que admito, é ruim. Imediatamente, me perguntou se eu fumava. Respondi que sim. Ele se calou. Questionei o porquê da pergunta e ele respondeu: por nada. É claro que era porque havia sentido o cheiro do cigarro que eu acabara de fumar. Aí eu pergunto. O que ele tem a ver com isso? O pulmão é dele? Eu fumei no carro dele? São liberdades que a maioria das pessoas se dão quando abordam um fumante. Liberdade que eu não dei. Seria o mesmo que eu chegasse para alguém que usa um perfume que eu detesto, Áqua di Gió, por exemplo, e perguntasse à criatura por que ela estava usando um perfume tão fedido!!! Pode um negócio desses?
É fácil constatar que regredimos nesse quesito, principalmente no que se refere ao respeito pelo outro, pelas suas preferências e pela sua liberdade de escolha. Vejam três exemplos recentes dessa realidade. O primeiro é público, pois está sendo acompanhado pela mídia do mundo inteiro. É o caso da estudante que foi execrada por colegas e funcionários da Universidade Bandeirante, de São Paulo, por frequentar as aulas de mini saia. Como já postei no twitter, achei que estava num filme de ficção científica, em que o personagem dorme no seu tempo e acorda num século distante, anos atrás, e se depara com dinossauros, ou coisa parecida. É inconcebível, nos dias atuais, que sejamos obrigados a conviver com esse tipo de preconceito e essa patrulha retrógrada e reacionária. Formei-me em Jornalismo em 2004, ano em que completei 50 anos. Convivi durante quatro anos com muito mais jovens do que com pessoas da minha idade. No ambiente acadêmico, observei todo tipo de pessoas. Jovens responsáveis, irresponsáveis, interessados, desinteressados, antenados, alienados, gordos, magros, pretos, brancos, amarelos, heterossexuais, gays, católicos, evangélicos e espíritas. Nenhum deles, em momento algum, discriminou alguém por isso, muito menos pela roupa que usava. Uns tinham piercing na língua, outros tatuagem pelo corpo todo. Uns eram ricos, outros eram pobres. Uns se vestiam como executivos, outros de forma mais despojada e outros, ainda, como se tivessem acabado de sair da praia. Nenhum colega, professor, ou funcionário, se sentiu ofendido por isso. Imaginei que isso era o que acontecia em todas as universidades. Que o ambiente acadêmico era o melhor exemplo de convivência das diferenças, onde se cultiva o respeito pelas escolhas e pela liberdade do outro. Espero que não esteja totalmente errada e que o caso da Uniban seja uma exceção à regra.
O mesmo já não posso dizer da relação empresa-consumidor. Na maioria das vezes somos tratados com desconfiança, como se fôssemos caloteiros latentes, esperando uma oportunidade para dar um golpe. Vejam o que aconteceu com uma amiga, cliente, há anos, do Boticário, com cartão fidelidade e tudo. Diva, vamos chamá-la assim, costuma comprar nas lojas, mas na semana passada, por falta de tempo, fez um pedido pela Internet e pagou com cartão de crédito. O cartão aprovou a compra, mas a mercadoria não chegou no prazo estabelecido. Minha amiga ligou para o Sac e foi informada de que apesar do cartão ter aprovado a compra, havia restrições que impediam a loja de aceitar a compra. Diva perguntou, então, quais eram essas restrições, já que não tem qualquer impedimento em seu nome e costuma fazer compras de valores muito mais elevados em várias cadeias de lojas da cidade. Qual não foi sua surpresa quando a atendente informou que não poderia revelar qual era a restrição imposta pelo Boticário. Quer dizer, então, que agora você pode ser acusado de alguma coisa e não tem o direito de saber qual é? É impressão minha, ou o Boticário rasgou a Constituição? Onde está o respeito ao direito do consumidor de saber o motivo de estar sendo impedido de fazer uma compra? Que país é este? Para terminar, vamos falar de caça às bruxas. Sim, sou fumante. Uma fumante que respeita seus limites e aqueles impostos pela lei. Não fumo em local proibido. Mesmo achando que, por exmplo, cada restaurante, ou casa noturna, deveria poder escolher se o seu estabelecimento aceitaria, ou não, fumamtes. No caso dos funcionários, poderia contratar apenas colaboradores que fumassem. Habilitar-se-ia ao emprego quem quisesse. Frequentaria o lugar quem não se importasse com o cheiro do cigarro. Mesmo achando que a legislação atual é uma caça às bruxas, respeito as restrições impostas por ela. Porém, me sinto profundamente irritada quando acontece o que aconteceu ontem comigo. Depois de fumar um cigarro na fila do táxi, na rua, o motorista da vez me ajudou a colocar as compras na mala e por estar próximo a mim, provavelmente sentiu o cheiro do cigarro, que admito, é ruim. Imediatamente, me perguntou se eu fumava. Respondi que sim. Ele se calou. Questionei o porquê da pergunta e ele respondeu: por nada. É claro que era porque havia sentido o cheiro do cigarro que eu acabara de fumar. Aí eu pergunto. O que ele tem a ver com isso? O pulmão é dele? Eu fumei no carro dele? São liberdades que a maioria das pessoas se dão quando abordam um fumante. Liberdade que eu não dei. Seria o mesmo que eu chegasse para alguém que usa um perfume que eu detesto, Áqua di Gió, por exemplo, e perguntasse à criatura por que ela estava usando um perfume tão fedido!!! Pode um negócio desses?
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